O novo piso sintético da Associação Recreativa «Restauradores Avintenses» tem 21 metros de largura e 41 metros de comprimento. Possui mais um metro do que é exigido por lei e vai ser inaugurado no próximo dia 1 de Dezembro. Projectos para o novo espaço já existem. O campo sintético não só permitirá «aliviar» as despesas da colectividade, como será também uma fonte de receitas. A data não foi escolhida ao acaso. O dia 1 de Dezembro representa para os Restauradores um ponto de viragem na história da colectividade. Fundada a 23 de Novembro de 1923, e depois de ter passado por uma época de acalmia e desfasamento na década de 30, na qual não se conhece nenhuma produção da colectividade, segundo o Manuel dos Santos, foi no primeiro dia do último mês do ano de 1939 que um grupo de sócios restaurou a colectividade. Este foi o principal motivo para a escolha do dia de inauguração do piso sintético. Queremos que o presidente da Câmara possa fazer a inauguração, é o desejo de Manuel dos Santos que faz questão na presença do edil na cerimónia, uma vez que a Câmara Municipal de Gaia foi a única entidade a contribuir, em termos de apoios monetários, para a obra. O único apoio que recebemos para a renovação deste ringue para a colocação do piso sintético foi da câmara no valor de sete mil e quinhentos euros, revela o dirigente. Ainda assim, Manuel dos Santos não perde a esperança de obter mais apoio de outras entidades. Salienta que a Junta de Freguesia de Avintes também garantiu um apoio que será inserido no protocolo de transferências anuais às colectividades e espera sensibilizar a senhora governadora e os seus assessores, uma vez que o Governo Civil do Porto tem alguma responsabilidade porque este espaço foi inaugurado pelo antigo governador civil, o engenheiro Leite Castro, justifica. A obra de colocação do falso relvado está orçada em cerca de 40 mil euros, um valor ao qual acresce mais cerca de mil euros para intervenções complementares. Manuel dos Santos revela que não se trata apenas de assentar o tapete verde no cimento. Existe também a necessidade de renovar outras infra-estruturas de apoio ao campo. Queremos que a envolvente seja um local agradável, salienta o responsável. Para tal, os Restauradores estão a proceder, de igual forma, à pintura de paredes, mastros, varões, recuperação das balizas e alteração da iluminação dos quatro postes existentes em cada canto do ringue. Também os balneários existentes vão sofrer obras de reabilitação e só nesta intervenção será gasto cerca de mil euros. Manuel dos Santos salienta, porém, que o apoio e colaboração dos próprios associados atenuam as despesas. De acordo com o dirigente, as intervenções não ficarão tão caras como o previsto, porque temos sócios que deram as tintas e vão executar o «grosso» disto. Caso contrário, seria um investimento acrescenta. O novo complexo vai permitir aos Restauradores reduzir os actuais gastos com o aluguer de pavilhões para treinos e jo-gos oficiais. 500 euros é o valor médio gasto todos os meses. Não vamos resolver totalmente essas despesas, afirma o dirigente. No entanto, salienta que apenas a equipa feminina sénior é que vai manter os treinos e jogos nos pavilhões. As outras equipas é que vão aliviar, afirma. Para além disso, e para ajudar a fazer frente às despesas, o espaço será também uma fonte de receitas. A ideia é que o investimento se pague a si próprio dentro de um a dois anos, revela Manuel dos Santos. Para tal, o aluguer do campo, não só a outras colectividades como a particulares, e a organização de torneios serão iniciativas a ponderar.
in jornal Audiência