Éramos 27, os avintenses que ontem, dia 31 de março, ainda não eram 8 horas da manhã e já estávamos todos prontos no Largo da Gândara para partir, para uma longa jornada que haveria de se pronlongar por mais de 14 horas, rumo a Lisboa, a antiga Capital do "Império Colonial Português", para participar numa grandiosa manifestação em defesa das freguesias de Portugal.
Devíamos e podíamos ser mais, mas nestas coisas costuma-se dizer, que "só faz falta quem está" e por isso, embora não sendo muitos, ainda contámos com a presença de alguns representantes das colectividades, onde se destacava o Clube de Atletismo de Avintes com a sua bandeira, a Presidente da Assembleia de Freguesia (que juntamente comigo e com o meu camarada Abílio Machado éramos únicos autarcas de Avintes presentes) e vários outras amigos avintenses.
Estávamos todos unidos no propósito de levar até à Capital a presença de Avintes e também estou certo representámos muitos outros avintenses que embora não podendo ir, connosco comungam desta amor e desta dedicação, à nossa "pequena pátria", como costuma dizer, o José Vaz, o Presidente da Audientis e um dos coordenadores desta iniciativa.
Foi uma viagem que embora longa, decorreu de forma agradável, tendo chegado a Lisboa, cerca das 12h30, bem atempo de uns comerem o seu farnel e outros "matarem" a fome da jornada, num dos vários restaurantes, da zona do Parque Eduardo VII, onde ficou estacionado ao autocarro da A20sTour.
Retemperadas as energias, voltamos a concentramo-nos, os tais 27 magníficos, para a participação na grandiosa manifestação, que começou cerca das 14h30m junto ao "Marquês de Pombal" e terminou no Rossio, já passava das 17 horas.
Muito sinceramente esta manifestação superou todas as minhas maiores expectativas!
Segundo "numeros" que se ouviam no local, seríamos mais de 200 mil fregueses, oriundos de todas, ou de quase todas, as 4200 e tal freguesias portuguesas.
Eram cidadãos anónimos, eram autarcas, eram bandas musicais, eram ranchos folclóricos, eram bombeiros voluntários, eram "zés e marias pereiras" com os seus bombos, eram "cabeçudos" e "gigantones", eram escuteiros, eram utentes de lares da terceira idade, eram "estudantes" de Universidades Seniores, era Portugal inteiro, era o Portugal "profundo", era o Portugal do Povo que ali estava, unido na defesa da sua terra, das suas tradições, mas principalmente na defesa do seu futuro.
Estou certo que perante tão grande manifestação, o nosso governo, os nossos deputados e o nosso Presidente da República, não podem ficar indiferentes, nem podem fazer de conta que não viram, qual é a vontade dos portugueses e também dos AVINTENSES.
Terminada a manifestação, e depois de uma retemperante "merenda" na Casa do Alentejo, ali mesmo ao lado do Rossio, na rua das Portas de Sto Antão, local escolhido pelo Manuel Santos para "juntar a malta", foi a viagem de regresso, que decorreu novamente em ambiente de boa disposição, tendo chegado a Avintes, já passavam das 22h30m.
Não posso no entanto terminar este texto, sobre a presença da Freguesia de Avintes nesta manifestação superiormente organizada pela ANAFRE - Associação Nacional das Freguesias, sem deixar aqui um profundo lamento, e uma pergunta: em que ESTARIAM OCUPADOS O PRESIDENTE DA JUNTA DE FREGUESIA E OS 4 MEMBROS DO EXECUTIVO DA JUNTA DE AVINTES, que nenhum teve a disponibilidade de nos acompanhar?
PS: Esta viagem foi paga pelos participantes, tendo a Junta de Freguesia apenas emprestado a "lona" identificadora e oferecido uns autocolantes e cartaz!